Análise: Black Dragon (Arcade)

“Muito tempo atrás, três dragões desceram do céu com um raio e destruíram o reino com trevas (?). Do longo sofrimento e escuridão do reino, veio um bravo guerreiro.”

Essa é a tradução literal do texto de abertura desse clássico da Capcom de 1987, Black Dragon, ou Black Tiger, como ficou conhecido fora do Japão.

black-arcade

Modelito mais que adequado para enfrentar um dragão gigante cospidor de fogo. À direita, o gabinete da versão gringa.

Em Black Dragon/Tiger você é um bábaro que luta com um escudo inútil e uma bola de ferro com spikes, atachada a uma corrente, para fazer o efeito iô-iô e poder re-utilizar a arma em outros monstros. Além da arma retrátil, nosso cosplay de Conan ainda atira facas do seu corpo enquanto ataca. Agora sim!

A jogabilidade é basicamente essa, o herói salta abismos cheios de espetos mortais e escala colunas de pedra por 8 níveis sinistros em busca dos 3 dragões encrenqueiros e seus capangas. O game chegou a ser considerado como “sucessor de Ghost n’ Goblins”, mas nunca recebeu uma continuação, a comparação deve-se principalmente ao modo como o personagem se comporta no jogo, que é bastante parecido com o Arthur do GnG, é impossível mudar a direção durante um salto, por exemplo, mas apesar disso, o bárbaro é mais veloz e ágil que o caveleiro de ceroulas.

black-011Vida dura, escalar enquanto ataca demônios e … que criatura rosa é aquela? O_o

Assim como todo bom jogo de plataforma, Black Dragon é recheado de itens escondidos, passagens secretas e caminhos alternativos. Cada inimigo genério derrotado no game derruba uma “moeda” contendo um valor que pode ser 1, 5, 10, 50, 100 ou 500, essas são “moedas Zenny”, que são acumuladas para serem usadas na “Lojinha do Velho Estátua”, onde você pode adiquirir upgrades para sua armadura e arma, além de chaves para abrir baús e poções anti-veneno que são úteis quando você é mastigado por uma daquelas plantas gigantes que saem da terra.

Lojinha do Velho Estátua, extorquindo você desde 1987.

Lojinha do Velho Estátua, extorquindo você desde 1987.

Por falar no Velho, existem diversos desses petrificados amiguinhos espalhados pelas fases, eles estão lá esperando serem salvos pelo seu toque miraculoso. Quando resgatados, os idosos estão dispostos a te ajudar de alguma forma para retribuir o seu favor, seja dando 100 moedas, alguns segundos no tempo, acesso à sua lojinha de antiquidades ou conselhos inúteis, alguns deles não tem realmente nada para te dar e oferecem apenas gratidão, você tem que aceitar né, seu gente-ruim!

O Azul é o primeiro (e mais noob) dos três dragões peraltas a serem derrotados.

O Azul é o primeiro (e mais noob) dos três dragões peraltas a serem derrotados.

Tempo, tempo… esse bastardo. As fases tem um tempo limite para serem completadas, se o tempo acaba, morte instantânea, seu personagem é transformado em poeira, sem dó nem piedade. Isso dificulta um pouco sua vida, já que as fases tem caminhos alternativos e algumas dungeons para serem exploradas e são bem interessantes para acumular Zennys. Mas o tempo escasso não é um problema tão grande depois que você joga algumas vezes e aprende os locais secretos dos itens nas paredes e já conhece bem os caminhos a seguir. Além disso, itens que dão tempo extra são frequentemente encontrados em potes e tembém doados por alguns Velhos Estátua.

Algumas paredes são quebráveis e ocultam itens, que normalmente são pontos, upgrades para sua armadura, vidinha extra ou simplesmente uma graninha. Não se deixe enganar pelo item, pode ser um elefante miniatura ou um suculento morango, ambos servem para melhorar sua armadura. Vai entender…

Uêba! Um barril! Espero que tenham roupas ai dentro...

Uêba! Um barril! Espero que tenham roupas aí dentro...

Black Dragon saiu do Japão para as Américas batizado de Black Tiger, e mesmo se tratando do mesmo game, Black Dragon apresenta significativas diferenças em relação ao Tiger. Por Exemplo:

– A dificuldade de Black Dragon é muito maior, isso significa mais inimigos e inimigos mais resistentes;
– Os chefes são mais agressivos e demoram mais tempo para serem derrotados na versão japonesa;
– Existem mais armadilhas daquelas pedras que caem no Black Dragon;
– A variedade de inimigos genériocs é maior em Black Dragon;
– A localização dos itens secretos é a mesma em ambos os jogos, mas os símbolos utilizados são diferentes;
– Em Black Dragon os itens são mais caros!

O flyer gringo. Hmmmm... melhor não comentar.

O flyer gringo. Hmmmm... melhor não comentar.

Ports:

– Amstrad CPC (1989)
– Commodore Amiga (1989)
– Atari ST (1989)
– Sinclair ZX Spectrum (1989)
– Commodore C64 (1990)

– Playstation 2 (2006, “Capcom Classics Collection, Volume 2”)
– XBOX (2006, “Capcom Classics Collection, Volume 2”)
– PSP (2006, “Capcom Classics Collection Remixed”)

Gráficos: star-color22star-color22star-color22star-grey21star-grey21
OST: star-color22star-color22star-color22star-grey21star-grey21
Jogabilidade: star-color22star-color22star-color22star-color22star-grey21
Gameplay: star-color22star-color22star-color22star-color22star-grey21
Diversão: star-color22star-color22star-color22star-color22star-grey21
Geral: star-color22star-color22star-color22star-halfstar-grey21

Sobre Matt
Em 2003 inventou de criar um fotolog de mini-resenhas de arcade (/pushstart) e acabou conhecendo um bando de problemáticos que gerou uma zine (OGZ), um blog de resnhas (FTW) e agora a fusão dos dois (OGZFTW).

11 Responses to Análise: Black Dragon (Arcade)

  1. VIDEL says:

    “Em Black Dragon/Tiger você é um bábaro que luta com um escudo inútil e uma bola de ferro com spikes”…. Mangual, o nome dessa arma é mangual! Poxa, o jogo parece legal, e esse “life” ai estilo goldenaxe?

  2. Max Carnage says:

    É o mesmo herói do game da resenha anterior pro master? xD

  3. JT says:

    Adorei a análise, acabei de baixar o jeime e o jogarei com LOUVOR assim que voltar pra casa :D

  4. Dunncan says:

    A coisa rosa é uma cobra enrolada no poste verde.

    Olha com atenção, parece que ela está olhando pra tela, e não pro herói semi-nu.

  5. Azrael_I says:

    Esse jogo é duca, um dos poucos que vale a pena manter no emulador de Mame. Bom pra se passar o tempo.

    Videl, na verdade, a arma do jogo é um Morningstar(que às vezes é traduzido no Brasil como Chicote de Ferro). Ele é idêntico ao Mangual, com a diferença de ser menor e poder ser utilizado com uma única mão, ao passo que o Magual precisa das duas. Como no jogo uma das mãos do bárbaro está ocupada com um escudo, não tem como ele usar um Mangual, certo?

  6. Pingback: Análise: The Speed Rumbler / Rush & Crash (Arcade) « FTW

  7. eden fernando says:

    rapaz faz anos q estou atras desse jogo como faço pra adquiri-lo abraço

  8. sandro says:

    Como faço para baixar este jogo, pois tenho saudades deste jogo

  9. RICARDO says:

    GOSTEI MUITO DE LEMBRAR AMINHA INFANCIA COM ESSE DOCUMENTARIA, GOSTARIA DE SABER ONDE POSSO BAIXA-LO,

  10. Bin Laden says:

    Pow onde baixa-lo eu nao sei pq nem precisei 1 amigo meu me esprestou o cd dele emulador Mame tem varios jogos alem desse q e mto maneiro,ainda encontrei depois de mto tempo o Moon Patrol!!

  11. Marcoaframos says:

    A matéria está ótima, parabéns! Só faltou o link para baixar os jogos!!!
    Existem sites que distribuem as ROMS que são os arquivos contendo os jogos…
    O ROM Word e o Emuasylum são exemplos mas existem muitos outros, digitem esses nomes no GOOGLE e surgirão muitos outros (esses sei que são gratuítos). Estou tentando emular o Black Dragon ou o Tiger no meu MAME mas eles não estão reconhecendo os jogos, se alguém puder ajudar ficaria grato em receber email com dicas sobre como fazer o MAME funcionar perfeitamente e reconhecer todas as Roms que possuo, pois tenho vários jogos que não são reconhecidos pelo emulador apesar de terem sido baixados em sites do MAME. Obrigado a todos!

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