Análise: Star Wars – Rogue Squadron (Nintendo 64)

Game: Star Wars – Rogue Squadron
Plataforma: Nintendo 64/PC
Gênero: Navinha
Ano: 1998
Produtora: Lucasarts

Guerra nas Estrelas, ou se você preferir, Star Wars, é a franquia mais rentável do cinema, quiçá do mundo. Sendo encontrados para todo tipo de console e em todos os estilos possíveis (até joguinhos pra colorir tem), de tempos em tempos o tio George Lucas enche mais o cu o bolso de dinheiro às minhas custas, já que eu sou um fã hardcore da saga e compro tudo quanto é game com a marca. Já peguei muita, mais muita tranqueira, mas a cada jogo bom que saía eu me sentia como se fosse compensado pelo dinheiro mal gasto antes.

Da época do episódio 1 pra frente (já faz 10 anos, passou rápido!), nunca saíram tantos jogos da franquia com tanta freqüência. Uns ruins, outros bons, e outros tão DO CARALHO que se tornaram clássicos. Hoje vou falar sobre o melhor deles para os consoles da quinta geração, ROGUE SQUADRON.

História

Luke posando para a capa da revista Holograma Capital

Luke Skywalker destruiu a estrela da morte e agora virou o maior POPSTAR da galáxia. A história do fazendeiro que destronou o todo-poderoso império era o assunto do momento. As revistas com seu rosto na capa vendiam mais do que água em Tatooine. Ele passou a fazer comerciais, aparecia em outdoors com propagandas da rebelião, tinha sua própria caixa de cereais e tudo quanto era revista de fofoca falava de seu suposto romance com a princesa Leia, “com fotos exclusivas”. Sua entrevista no programa do Jô foi transmitida para todos os sistemas estelares da galáxia e orla exterior, sendo o maior recorde de audiência desde a cobertura sobre a ordem 66.

Mas o cara não era um astro do rock pra ficar por aí comendo mulheres à custa de sua fama. Era um NOBLÁRIO soldado da rebelião e um promissor Padawan Jedi. Luke chamou seu amigo e piloto Wedge Antillies para ajudá-lo a formar uma equipe de pilotos de elite que contaria só com os mais fodas de toda a aliança rebelde. Em pouco tempo a equipe estava formada e já tocava o terror no império em toda batalha da qual tomavam parte. A mínima menção a ela no círculo imperial já fazia com que os almirantes sentissem uma contração involuntária no ESFÍNCTER.

Esse é o ROGUE SQUADRON, e essas são suas histórias.

O Jogo

X-Wing ao resgate em Tatooine

Rogue Squadron é um jogo de NAVINHAS em 3D, onde você tem o controle das naves de combate da rebelião e cumpre as mais diversas missões pra salvar a galáxia da tirania do império. São 16 fases e mais 3 secretas, que variam entre missões de destruição, resgate, interceptação e escolta. Cada missão tem pré-requisitos a serem cumpridos, e descumprir ou ignorar as ordens dos teus superiores vão te fazer ganhar um game over bem na sua fuça. Se você fizer tudo direitinho pode ser promovido dentro da rebelião (não sei pra que isso serve, contudo), ou ganhar medalhas de bronze, prata ou ouro, que destravam extras e fases secretas.

*Missões de destruição: Destrua. Dã.

*Missões de resgate: Ajude seus coleguinhas de rebelião a não serem mortos pelo império. Quase sempre é uma base que está cercada, alguém que quer se juntar à sua causa ou uma nave caída sendo bombardeada sem dó, então é um tipo de missão que exige pressa e precisão.

Missões de interceptação: Evite que os imperiais concluam seus planos NEFASTOS de invasão e destruição, indo até eles antes e cortando o mal pela raiz.

*Missões de escolta: É uma encheção de saco SEM LIMITES. Uma missão de escolta sempre vai te deixar puto, pois os TIE-Fighters são sempre muito mais rápidos que a tua nave e quem tu tem que proteger sempre faz questão de ficar no meio do fogo cruzado, então as chances de você se fuder são altíssimas. Use o poder da Força e toda a sua SAGACIDADE nessas fases, ou você corre o risco de perder o seu controle, que pode e será ser arremessado por você contra a parede em um eventual acesso de raiva.

Luke persegue um TIE-Bomber nos céus de Tatooine

Naves

*X-Wing: É a nave preferida dos pilotos rebeldes, e o modelo mais conhecido da sua frota. É uma nave rápida tanto dentro como fora do hiperespaço. A nave conta com 4 asas em formato X (daí o seu nome) com um laser em cada uma. Possuí também escudos defletores e uma unidade R2, que pode reparar a nave durante os vôos.

*Y-Wing: Depois da X-Wing, é o modelo preferido dos rebeldes. Eles podem ser lerdos, mas possuem canhões de íons que podem desabilitar qualquer nave inimiga que tente atacá-los. Possuem também uma unidade R2 para reparos e navegação.

*A-Wing: É o modelo mais rápido de toda a frota, mas tem o escudo defletor mais fraco. Tem como armas canhões laser e rifles de concussão.

*V-Wing: Nave grande, mas com poder de fogo e velocidade bem equilibradas. Usada pela primeira vez na batalha de Mon Calamari, depois da guerra com o império e com a nova república já estabelecida.

Essa foi a melhor imagem que eu consegui achar da V-Wing rebelde.

*Snowspeeder: Nave bastante veloz, armada com canhões laser e cabos de aço para derrubar andadores AT-AT imperiais. Pode ser adaptada ao frio com mais facilidade que os outros modelos, por isso é a mais usada em planetas de ambiente gelado, como Hoth.

Jogabilidade

A-Wing protege os tanques de Bacta em Taloraan

As naves respondem muito bem ao controle. Os tiros saem precisos e as curvas são feitas com facilidade, podendo ser feitas mais fechadas se você apertar o botão de freio. Também há um botão para acelerar a nave e outro para uma arma secundária, como um morteiro ou um cabo, no caso da Snowspeeder. Apesar da resposta rápida do controle, há um porém: as naves imperiais são muito mais rápidas que as suas, e perde-las de vista é fácil. O mapa no canto da tela funciona muito bem e isso facilita a sua vida nessa hora, mas mesmo assim você pode ter dificuldade para alcançá-las as vezes. E isso numa missão de escolta é fatal.

Sons e Músicas

O jogo conta com a mesma trilha dos filmes e com algumas musicas adicionais feitas exclusivamente para ele. Não são orquestradas, mas feitas com o sintetizador de som do N64. Não que isso deixe a trilha sonora tosca, muito pelo contrário. Vale à pena correr atrás da OST.

Os sons são mais um ponto alto do jogo. Foram tirados diretamente da biblioteca da Lucasfilm, então são os mesmos dos filmes. Isso aumenta a sensação de imersão dentro do universo de Star Wars. Um time de primeira também foi chamado para dublar o jogo, entre eles o ator Dennis Lawson, o Wedge Antillies da trilogia clássica. Não sei quem dublou o Luke, mas a voz dele é igual à do Mark Hammil. Nota 10!

*Concluindo

Cartucho do jogo. Deixe de ser viado e libere sua grana!

Rogue Squadron é tudo o que um jogo bom de Star Wars poderia ser. Tem seus defeitos, mas isso não tira o seu brilho nem a sua posição como um dos melhores jogos da saga já feitos até hoje, reproduzindo a mesma sensação de empolgação dos filmes com fidelidade ímpar (essa foi poética). Existe uma quantidade de missões considerável, e a dificuldade é, no mínimo, ideal. Com o cartucho de expansão da Nintendo os gráficos ficam ainda mais bonitos, então deixe de ser pão duro e vá comprar um!

Se você é fã de Star Wars, COMPRE-O, jogue-o até a exaustão e o coloque em um lugar de destaque na sua coleção. E se fores um fã de Star Wars e um MACHO ALPHA como esse que vos escreve, terá uma ereção épica enquanto joga, tamanha a quantidade de vitória concentrada no cartucho.

É isso. E que a Força esteja com você, sua franga.

Gráficos: *****

OST: *****

Jogabilidade: *****

Gameplay: *****

Diversão: *****

Geral: *****

Midi-Chlorians: ************************