FTW Challenge: Axelay

Status: WIN

Mais do que na hora, este desafio valeu bem melhor que o outro por trazer jogos menos descabelantes. O que não foi muito diferente aqui, originalmente devia ter jogado Silver Surfer mas isso não deve ser feito nem mesmo com prisioneiros de guerra, aquilo é muito ruim. Axelay entrou na disputa por se tratar de um verdadeiro clássico cult do tipo “quem jogou, jogou” até a invenção dos emuladores.

A primeira coisa deste jogo, que é digno de nota, é esta tela de abertura da Konami. Essa tela representa uma época onde a Konami simplesmete não lançava jogos ruins, nem mesmo quando queriam fazer isso dava certo. Axelay foi um daqueles que veio e fez coisas novas, em especial seus gráficos. Esse estilo de jogo onde se alternava uma fase vertical e outra horizontal não era novidade, a própria Konami fez isso anteriormente em Life Force/Salamander, a verdadeira inovação veio com aquele efeito no alto das fases verticais que dava a impressão que o cenário vinha surgindo no horizonte e os tiros disparados seguiam por lá. Alguns momentos das fases horizontais poderiam perfeitamente ser colocadas como fase de algum Megaman por serem trechos perfeitos de plataforma, algo absurdo se vermos que a maioria dos jogos de nave tentam botar mais variedade inventando sistemas novos (coisa que dá errado em 90% das vezes) ou com chefes pra fazer aquela história de bullet hell, aqui tem em várias partes onde o desafio é vencer o cenário, simples.A primeira coisa aqui é escolher 3 armas, uma fica como a arma frontal, outra circular e outra a bomba ou míssil. Isso compõe a mecânica do jogo, são 3 armas (alterna-se com L e R) onde cada vez que um tiro acerta a nave, se perde a arma em uso que muda pro tirinho e mísseis genéricos e não tem como recuperar a arma. Se tu estiver com alguma arma perdida selecionada e tomar mais um tiro aí sim se perde uma vida, o que vale também para colisões com inimigos. Ao se estourar, a nave solta estilhaços que destroem inimigos ao redor.

Outra coisa dos gráficos que é marcante aqui é a quantidade de coisas na tela ao mesmo tempo. Um dos esquemas usados que também é bem simples mas que pra muita gente é um defeito é o Flicker, mais visível na arma que dispara aqueles foguinhos. Se os sprites ficassem na tela o tempo todo, no máximo seriam 5 (exemplo), mas com este esquema dá pra atirar 10 e a cada frame ficam 5 na tela de cada vez, um pequeno exercício de ilusão de ótica.

A primeira fase é sem segredos, aprender os comandos e essa coisas toda. O momento de maior dificuldade vem quase no final onde é preciso colocar a nave no lugar certo, o cenário vai acelerar e é preciso ir pro lado acompanhando o movimento, o essencial aqui é não atirar pra nao destruir as minas que disparam estilhaços. O subchefe e o chefe são sem segredos, basta acertar o centro.

A segunda fase mostra o que o estilo horizontal tem a oferecer, fora o desafio tem também um show de visual cheio de detalhes. Nesta fase se constata o quanto aquele tiro que circula a nave é útil, não se desfaça dele.

Quase no fim desta fase vai chegar uma onda que uns blocos podem ser destruídos, mas cuidado: ao fazer isso também se tira a sustentação dos blocos gigantes que eles apoiam, então é atirar e passar correndo. O chefe aquele que veio do Robocop, basta soltar bombas sem parar no meio da cabeça que ele acaba por não oferecer muito perigo.

Na terceira fase vem um negócio meio montanha e meio cidade, é preciso um certo cuidado com os tiros que vem de lá de baixo e as tubulações que precisam ser destruídas nos pontos certos pra poder passar. No subchefe aí da foto tem uma pegadinha: a verdade é que são duas naves que dão flicker o tempo todo, se entendi direito só uma delas pode ser atingida mas ambas te acertam, bonito isso.

O chefe aqui é esse chapéu de bruxa que se une com aquele prato de lagosta. Mais um chefe sem segredos, atira até ele explodir.

O que seria dos jogos espaciais sem uma fase de lar de insetos? Provavelmente não faria sentido, já que é nestas partes que aparecem as coisas mais bizarras, em especial os inimigos. E são tantos que tem uma parte no meio onde o cenário é gigante pra todas as direções, acaba que ficamos sem ver mais da metade deles se der uma passada só ali. Antes do final tem um trecho onde tem que atirar nos pontos brancos que tapam o caminho.E aí sim um chefe diferente. Primeiro tem que soltar umas bombas naquela parte branca que na verdade é verde, isso abre a parte vermelha que tem que ser atirada e aí ele já era. O tiro laser não destrói a nave, só vai mesmo paralisar e mudar a arma selecionada, basta ficar de olho.

Daquela fase direto pra pegar um bronzeado no Sol daquele sistema, se a fase anterior tinha as partes mais bizarras então aqui provavelmente estão os melhores gráficos do jogo todo. É preciso tomar cuidado com vários inimigos que vem direto tentar uma colisão, tem desde os normais até aqueles que ocupam grande parte da tela e são NSFW

Depois vem o abominável homem dos fogos como chefe de fase. Concentre os tiros no meio do peito e ele é passado.

Na sexta e última fase a coisa já começa com tudo mandando vários desses inimigos da foto acima. Numa parte mais adiante aqueles compartimentos traseiros começam a cagar inimigos indefinidamente, olho aberto pra passar longe deles. Depois vem um inimigo com uma luz que não pode ser destruído mas vai atrapalhar na hora que vier a parte que tem que correr pra passar pelas paredes que fecham, logo em seguida subchefe e o chefe.

primeiro vem os disparos bola, são o tempo de carregar as duas bolas da nave que vai mandar de uma vez só. Depois disso vem mais bolas e por fim vem o ataque de Axelays fantasmas, a manha aqui é que elas reagem ao controle do jogador, vão atirar se tu atirar, subir e descer também, então com um pouco mais de atenção se passa disso. Depois disso tem ainda mais um trecho onde se foge da explosão e ao mesmo tempo se atirar no que sobrou do chefe.

Depois disso vem o final e depois dos créditos o jogo reincia com a mesma pontuação e continues. Se acabar com este jogo pareceu fácil, na verdade não foi tão assim, a verdade é que Axelay segue um outro estilo totalmente diferente daqueles que conhecemos onde usamos uns 20 continues pra se zerar. Uma mistura de jogabilidade, mecânica de jogo e dificuldade balanceada do jeito certo que se joga, chega no fim e quando o jogo recomeça o jogador fica instigado a aceitar o desafio e mais tarde tentar aumentar o nível de dificuldade, que na tradição da Konami traz um final diferente. Num deles vem a promessa de que nos veremos novamente em Axelay 2, que já tá demorando mais que Chinese Democracy pra ser lançado. O jogo pode não ter saído mas recentemente ficou disponível no Virtual Console do Wii e a nave Axelay fez uma participação especial em Airforce Delta Strike no Playstation 2:

Clássico que merece seu lugar na história, que venha o próximo desafio.